O QUE SERIA DO HOMEM QUE PUDESSE VIVER PARA SEMPRE?
Celebrando três anos de existência, a Probástica Cia de Teatro convida o dramaturgo Walter Daguerre – indicado ao Prêmio Shell 2006 - para desenvolver o argumento original de ELEFANTE. Com base nas recentes notícias da ciência, texto e encenação são criados simultaneamente a partir de experimentos práticos propostos pelo diretor em diálogo direto com o dramaturgo. Toda pesquisa acontece em caráter de processo colaborativo com os atores Fernando Bohrer, Chandelly Braz, Igor Angelkorte, Lívia Paiva e Samuel Toledo, bem como com os assistentes de direção Paula Vilela e Phillip Lavra.
Na sala de ensaio são explorados tanto os questionamentos gerados a partir da diferença de idade entre os atores, como suas experiências pessoais sobre envelhecimento e morte. Através do entrecruzamento dessas histórias, e do resultado dos exercícios lúdicos, o dramaturgo cria de forma livre e sem cerimônia situações e personagens, apresentando pontos de vista diferenciados para a peça. Por fim, temos um grande panorama de vivências refletindo a dificuldade do homem contemporâneo em se relacionar com a finitude da vida.
Tudo isso resulta em uma obra de comédia dramática com ares de ficção científica - tema raramente aproveitado nos palcos cariocas – na qual o progresso da medicina permitirá curar a velhice, rebaixando-a na escala humana de imperativo biológico a mero inconveniente. Tal hipótese nos serve como instrumento lúdico para questionarmos o valor da morte e do envelhecimento para o homem contemporâneo.
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